RELAÇÕES HUMANAS NO TRABALHO - PARTE III

ATENDIMENTO ÀS PESSOAS PORTADORAS DE NECESSIDADES ESPECIAIS

O PORTADOR DE NECESSIDADES ESPECIAIS
Pessoa com restrição física, mental ou sensorial, de natureza permanente ou transitória, que limita a capacidade de exercer  uma ou mais atividades essenciais da vida diária, dentro do padrão considerado “normal” para o ser humano.

TIPOS DE DEFICIÊNCIA

Física - Comprometimento do aparelho locomotor que compreende o sistema músculo esquelético e o sistema nervoso, amputações, má formações, sequelas e acidentes.

Sensorial - Divide-se em dois grupos: auditivas e visuais.

Mental - Desenvolvimento incompleto ou atrasado da inteligência.

AMPARO LEGAL

Lei nº 7.853/89 - Assegura as pessoas portadoras de necessidades especiais  o pleno exercício de seus direitos básicos (educação, saúde, trabalho, lazer, Previdência Social, amparo à infância, a maternidade, entre outros).

Lei 8213/91 - Reserva entre 2% a 5% de vagas de emprego, em empresas com 100 ou mais funcionários, para pessoas portadoras de necessidades especiais (habilitadas) ou acidentados de trabalho beneficiários da Previdência Social (reabilitados).

TODO PORTADOR DE NECESSIDADES ESPECIAIS TEM DIREITO A:

- Estacionamentos amplos e seguros;
- Guias rebaixadas
- Entradas sem degraus em edifícios e salas;
- Corredores e passagens amplas;
- Rampas no lugar de escadarias;
- Pisos antiderrapantes;
- Acesso livre a elevadores para cadeirantes;
- Corrimãos nas escadarias;
- Sanitários com barras de apoio;
- Telefones públicos e bebedouros mais baixos para cadeirantes.

COMO TRATAR O PORTADOR DE NECESSIDADES ESPECIAIS?

Como alguém com limitações especificas, mas com as mesma qualidades e defeitos de qualquer ser humano.
Por isso NÃO DEVE SER TRATADO DE FORMA DIFERENCIADA EM FUNÇÃO DE SUA RESTRIÇÃO.
Permitir que o portador de necessidades especiais desenvolva ao máximo suas potencialidades, ajudando-o apenas quando for necessário;
Nunca se referir a deficiência da pessoa como desgraça, como algo que mereça piedade;

Conversar com o cego em tom de voz normal;

Entender que as limitações de um portador de necessidades especiais são reais, e muitas vezes ele precisa de auxílio. 

Deixar que o cego segure no braço ou apóie a  mão no ombro de quem o guia;

Para chamar a atenção de uma pessoa surda que esteja de costas, deve-se tocá-la, de leve, no braço, antes de começar a falar com ela;

Ao ver o portador de necessidades especiais diante de um possível obstáculo, perguntar se ele precisa de ajuda, e qual a maneira correta de ajudá-lo.

Encarar como decorrência normal da deficiência o desenvolvimento de habilidades que possam parecer extraordinárias para uma pessoa comum;

RELAÇÕES HUMANAS NO TRABALHO - PARTE II

ÉTICA E DISCIPLINA NO TRABALHO

CONCEITO DE ÉTICA

Ética é a parte da filosofia dedicada aos estudos dos valores morais e princípios ideais do comportamento humano.
Diferencia-se da moral, pois, enquanto esta se fundamenta na obediência a costumes e hábitos recebidos, a ética, ao contrário, busca fundamentar as ações morais exclusivamente pela razão.
A ética também não deve ser confundida com a lei, embora com certa frequência a lei tenha como base princípios éticos.

ÉTICA DO VIGILANTE

Não existe código de ética para o profissional de segurança privada, porém na portaria 3233/12 em seus artigos 163 e 164 estão estabelecidos DIREITOS e DEVERES do vigilante.

NORMAS DE CONDUTA SOCIALMENTE ADEQUADAS

A apresentação pessoal demonstra interesse pelo trabalho, seriedade, profissionalismo, respeito pelos colegas pelo cliente pelo próximo e por si mesmo. Uma boa impressão causada pela sua boa apresentação pode repercutir positivamente para você e para a empresa.

UNIFORME

Uma vestimenta adequada é indicador de credibilidade, mantenha o uniforme limpo,  bem  conservado  e  passado, sapatos polidos, gravata limpa, passada e alinhada.

HIGIENE

Hábitos de higiene importantes para uma boa apresentação pessoal.

- Unhas aparadas
- Bom hálito, escovar sempre os dentes;
- Uso adequado e moderado de perfumes e desodorantes
- Barba feita
- Cabelos cortados,  bem lavados e penteados;
- Desodorante de aroma suave.


NORMAS DE CONDUTA SOCIALMENTE ADEQUADAS

- Manter o corpo reto, ombros  e  braços para  trás; cabeça erguida.
- É importante sorrir sempre
- Aperte a mão firmemente
- Mantenha o contato visual
- Seja educado
- Sente-se corretamente
- Não se deve ingerir bebida alcoólica, independente do grau ou quantidade, quando em serviço;
- O posto deve ser mantido sempre limpo e em ordem
- Ouça sempre com atenção quando alguém lhe dirige a palavra

EVITE SEMPRE

- Cara amarrada
- Displicência
- Distração
- Falar palavrão, termos chulos, vulgares ou gírias
- Falta de pontualidade
- Ser superextrovertido, ficar tirando sarro dos outros.
- Intrometer-se na vida pessoal dos colegas
- Ser impaciente, estressado, “pavio curto”
- Bajular superiores.
- Falar o tempo todo: ouvir pouco, ser tagarela.
- Cuspir, fumar em público, mastigar.
- Gritar


TRABALHO EM EQUIPE: LIDERANÇA E DISCIPLINA

Para que haja trabalho em equipe, dois fatores são muito importantes:
Cooperação - Relação baseada na colaboração entre indivíduos  no sentido de alcançar objetivos comuns.
Confiança - Sentimento de segurança, de certeza, tranqüilidade, sossego daquele que confia na probidade (honestidade) de alguém.

O homem é um ser social, dependente da cooperação de outras pessoas com formação e conhecimento nas especificações que compõem a divisão do trabalho.

Para que o trabalho em equipe aconteça adequadamente, é importante que haja LIDERANÇA

LIDERANÇA
É a arte de influenciar pessoas a fazer algo de boa vontade em prol do bem comum.

SUBORDINAÇÃO
É o estado de um indivíduo que não tem autonomia para tomar suas próprias decisões.

LIDERANÇA E SUBORDINAÇÃO

A convivência entre o líder e seus subordinados deve ser respeitosa e cordial. Deve ter dignidade, eficiência e eficácia.

DISCIPLINA
É o fiel cumprimento das obrigações  conforme as normas internas da organização.

HIERARQUIA
É a graduação das diferentes categorias de funcionários ou membros de uma organização.
Somos peças diferentes de uma grande máquina. E todos somos importantes, porém é importante que saibamos qual é nossa função e até onde podemos agir.

DISCRIÇÃO
- Sigilo profissional nas tarefas confidenciais,
- Não se deve revelar a natureza do  serviço  a  quem  quer  que  seja,  sob  nenhuma  circunstância.
- Evitar conversas desnecessárias. Seja breve e discreto.

CFV - RELAÇÕES HUMANAS NO TRABALHO - PARTE I

COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL

Processo que envolve a troca de informações entre duas ou mais pessoas

LINGUAGEM

Quando nos comunicamos estamos fazendo uso da linguagem.
Linguagem - sistema constituído por elementos que podem ser gestos, sinais, sons, símbolos ou palavras, que são usados para representar conceitos de comunicação, idéias, significados e pensamentos.

COMPONENTES DA COMUNICAÇÃO

EMISSOR - Troca informações baseadas em seu repertório cultural, sua formação educacional, vivências, emoções.

RECEPTOR - Processa a informação, segundo seus objetivos e  transforma-a em conhecimento.

Extraído de http://www.inf.ufsc.br/poo/intro-smalltalk/mensagens/mensagem.html

TIPOS DE COMUNICAÇÃO

VERBAL – Em que a mensagem é constituída pela palavra. É subdividida em oral e escrita.

Ao falar, discursar, escrever uma carta ou postar em redes sociais estamos fazendo uso do idioma que nos foi ensinado, bem como do sistema escrito (alfabeto). A comunicação verbal só funciona de forma eficaz entre pessoas habilitadas a falar e escrever o mesmo idioma.

NÃO VERBAL - Comunicação concretizada através de mímica, olhar, símbolos, postura

PROCESSO DA COMUNICAÇÃO:

Compreendemos que o emissor passa a mensagem para o receptor, este por sua vez ao compreender essa mensagem terá uma reação diante deste estímulo que provocará uma alteração em seu comportamento, quer seja de forma emocional (alegria, tristeza), cognitiva (aprendizado) e mesmo fisiológica (salivação decorrente da fome, excitação sexual etc). Tudo irá depender do tipo de estímulo e em qual estado o receptor se encontra naquele momento. Essa reação do indivíduo também é chamada FEEDBACK.

IMPORTANCIA DA COMUNICAÇÃO PARA A ATIVIDADE DE SEGURANÇA

Considerando que o elemento mais importante para a consecução da atividade de segurança é o trabalho ostensivo e que este só é obtido por meio de recursos que geram a sensação de proteção para as pessoas, como o uniforme, os equipamentos e a atitude do profissional. É importante que o vigilante se empenhe ao máximo para gerar uma imagem adequada de segurança para seus clientes.




Como diz o ditado, uma imagem vale mais do que mil palavras.

Um vigilante que apresenta uma imagem desleixada irá transmitir para sua clientela uma pessoa despreparada e para o criminoso uma pessoa vulnerável, uma fraqueza que será utilizada em favor do meliante para o cometimento de crimes.


BARREIRAS DE COMUNICAÇÃO

BLOQUEIO
Ocorre quando a mensagem não é captada e a comunicação é interrompida. Entre o emissor e o receptor existem zonas de silêncio, isto é assuntos em que se estabeleceram barreias psicológicas ou murros de silêncio Ex., por favor, não me fale nesse assunto. Você sabe que eu não gosto de falar sobre isso.

FILTRAGEM
Neste caso, a comunicação existe mais a mensagem não é recebida em parte.

RUIDO
Ocorre quando a comunicação entre duas pessoas ou grupos é distorcida ou mal interpretada.

 

DICÇÃO, AFASIAS E INIBIÇÕES

DICÇÃO - É o modo em que uma pessoa articula e pronuncia as palavras de uma língua. Denota a pronúncia clara e na correta entonação de um texto no seu meio linguístico.
É muito importante que o vigilante saiba codificar adequadamente as palavras. É preciso cuidado com a tonalidade, altura, timbre e a velocidade da voz.

PROBLEMAS DE DICÇÃO

Afasia - Perda da capacidade e das habilidades de linguagem falada e escrita.
A afasia é um sintoma comum na neurologia clínica, muitas vezes como consequência de um acidente vascular cerebral

Inibição - Condição em que ocorre limitação ou bloqueio do desempenho e/ou da livre expressão devido à sobreposição de alguma atividade psicológica sobre outra. Por exemplo timidez, ansiedade, desânimo, baixa auto-estima, stress etc.